Uma empresa de hardware para detetar fugas de água que passou a vender serviços, LeakSafe, uma empresa islandesa que monitoriza a cadeia logística farmacêutica, Controlant, e uma empresa de 5G espacial, AST SpaceMobile, são alguns exemplos de negócios que surgiram ou se reinventaram devido à hiperconectividade.
“Empresas mais pequenas têm ainda mais a ganhar com a IoT do que as grandes”, afirmou Phil Skipper, que lidera a estratégia da Vodafone para a Internet das Coisas, durante a sua apresentação na Vodafone Business Conference. O responsável falou não apenas de casos específicos mas também da transformação generalizada em vários sectores, numa altura em que a Vodafone conecta 223 milhões de dispositivos em todo o mundo.
“É possível aplicar IoT em quase todo o lado”, afirmou, falando de aplicações nos carros, com telemática e cockpits conectados, na saúde, com monitorização remota, por exemplo, de apneia do sono, ou na logística, com contentores conectados.
“Todos estes negócios se digitalizaram em torno da IoT”, frisou, ressalvando que a digitalização pode significar coisas diferentes para cada organização e ser feita por motivos diversos.
“O meu conselho é, quando começar a sua jornada hiperconectada, quando pensar em digitalizar em torno da IoT, desenhe um roadmap e cumpra-o”, apontou o especialista.
Economia das Coisas
À medida que os dispositivos se tornarem mais inteligentes, poderão fazer transações entre si, sem intervenção humana. É aquilo a que a Vodafone chama de Economia das Coisas e incluirá microtransações entre objetos tão variados como garagens de estacionamento, semáforos e paragens de autocarro.
“Veremos sistemas a tornarem-se ecossistemas”, disse Phil Skipper. Mas o responsável avisou que isto exigirá garantias adicionais. “Se conectarmos tudo temos de ter 100% certeza de que esse dispositivo, essa rede e esse sistema estão seguros”, alertou.
Isso será ainda mais importante quando entrarmos na era da computação quântica, que está a ficar cada vez mais próxima. Skipper previu-a já para 2028 e 2029 e disse que a Vodafone está a preparar os seus equipamentos para isso.
Foto: Mário Vasa












